Física quântica e a Hipótese da Simulação



A física quântica trata do comportamento físico específico das partículas subatômicas, como o elétron por exemplo. O fato é que a física quântica é tão controversa que até mesmo Einstein a renegou. Os seus padrões - ou falta deles - eram tão logicamente inaceitáveis que o gênio da física simplesmente resolveu ignorar sua existência, afirmando: "Deus não joga dados" ou "Eu gosto de pensar que a lua continua lá, mesmo quando eu não estou olhado para ela".
Mas o quê, afinal de contas, é tão inacreditável no mundo subatômico?
Bom, muitas coisas, mas para começar vamos falar um pouco do experimento da fenda dupla. Este experimento foi criado para se determinar definitivamente se o elétron era uma partícula, como um pedacinho minúsculo de matéria, ou uma onda, como um raio de luz. Os físicos sabem como estes elementos se comportam de maneira que, se descobríssemos como o elétron se descola, concluiríamos sua identidade secreta, ou seja, se ele é uma partícula ou uma onda. Seria algo com começar a estudar uma nova doença determinando se seu agente era um vírus ou bactéria, em outras palavras, é ao mesmo tempo fundamental e básico para o estudo.
Para realizar a experiência os físicos quânticos, em especial Thomas Young, criaram um experimento interessante e engenhoso. Um canhão dispararia uma série elétrons contra uma placa com duas fendas verticais. Os elétrons que conseguissem passar por uma das fendas (ou ambas, se a essência do elétron fosse de uma onda) sensibilizariam uma tela ao fundo da placa. Se eles fossem partículas o padrão formado na tela de fundo, após um tempo, seria de duas barras verticais, como se as fenda fossem gabaritos e o desenho o resultado. Como na ilustração abaixo:

Já se os elétrons se comportassem como ondas, o padrão seria bem diferente. Neste caso, apareceriam na tela várias barras verticais com intensidades diferentes, pois os elétrons se moveriam como ondas em um fluido, passando pelas duas fendas ao mesmo tempo e, depois disso, se auto interferindo (em alguns pontos se anulando e em outros se reforçando) até sensibilizar a tela no fundo de forma gradual e múltipla. Podemos ver mais o menos este comportamento nas perturbações superficiais de um lago quando uma pedra cai ao lado de outra. A ilustração seguinte retrata o fenômeno, comparando-o com o comportamento da partícula.



Após o experimento, os cientistas verificaram o padrão de ondas na tela. Havia várias barras na tela. Pronto! Estava claro que o elétron era uma onda, a despeito de sua "aparência" de partícula e de nossa intuição inclinar para uma "bolinha sólida". Isso já seria muito estranho. Para verificar como seria esse deslocamento curioso, os físicos resolveram monitorar a trajetória do lançamento. Mas, ao se monitorar o lançamento individual de cada elétron, verificou-se que, todas as vezes, ele se comportava como partícula, formando o padrão das duas barras duplas na tela, consequentemente. Como o resultado podia ser tão diferente? Nenhuma variável foi alterada. Na verdade, a única coisa modificada foi a observação. O mais incrível era que, se os disparos fossem feitos sem se observar a trajetória, o padrão se tornava o das ondas novamente!
Esse enigma quântico abalou a lógica dos cientistas que, inconformados, tentaram mais uma variação do experimento. Desta vez, foi imaginado um jeito para se tentar pegar o elétron com as "calças na mão". Aparentemente, o elétron "decidia" ser onda ou partícula, dependendo se o observássemos ou não. Tudo bem, mas os físicos e suas mentes muito mais sacanas do que o dessas "particulazinhas" insignificantes pensaram em algo mais genial ainda. Eles resolveram observar o elétron somente, após ele passar pelas fendas, assim, ele já teria "decidido" ser onda ou elétron e, logicamente, seria tarde demais para ele mudar de estado (maquiavélico...). Mas... mais uma surpresa os aguardava. Toda vez que os cientistas observavam o elétron um pouco antes dele tocar na tela, ele era... partícula. Se não olhassem ele era onda e, pelo que tudo indicava, ele assim fora desde que saiu do canhão, passou pelas fendas (ambas) e sensibilizaram a tela.
Ou seja, aparentemente, o elétron não só sabia se estava sendo observado, mas também podia "voltar no tempo" se fosse observado momentos depois de passar pelas duas fendas, mudando seu estado nas fendas passando apenas em uma delas no passado e, consequentemente, possuindo comportamento de uma partícula um pouco antes de tocar na tela. Isso tudo com os físicos atônitos observando com suas caras de bobos.
Até o momento, os físicos ainda não sabem porque a observação faz o elétron mudar de estado e, pior, até voltando no tempo para que a observação sempre torne o elétron uma partícula. Alguns até imaginam que o fato de observar, ato que interfere na luz poderia sensibilizar os elétrons de tal forma que o transformasse em partícula, mas... nossa! que explicação ruim...
Agora, com toda essa teoria na cabeça e antes de enlouquecermos, vamos chutar o pau da barraca de vez. Vamos acrescentar a esta salada a Hipótese da Simulação. Se você imaginar um videogame é possível entender o fenômeno do comportamento dúbio dos elétrons. Em um mundo virtual, utilizar capacidade de processamento simulando fractais de objetos, cenários e personagens que o jogador não vê é desnecessário. Para que os gráficos do jogo utilizem o máximo da capacidade de processamento do console, o programa pode otimizar os recursos priorizando os cálculos para a zona visível aos olhos do jogador. Essa estratégia gera uma melhor experiência ao jogador, para uma determinada capacidade de processamento característica de um console de videogame que só precisa renderizar as partes visíveis do mundo virtual, otimizando o processamento de dados. Assim, apenas o que realmente é observado pelo jogador é processado e, como temia Einstein, se a lua não estiver na tela; ela, virtualmente, não existiria.
Essa comparação pode parecer esdrúxula mas é mais ou menos o que supõe a Hipótese da Simulação. A hipótese infere que há uma probabilidade de já estarmos em um ambiente simulado, como um jogo de videogame hiper sofisticado. No tocante a esta probabilidade escreverei um artigo em outra oportunidade. O que precisamos saber, no momento,  é que, não apenas é possível que estejamos em uma simulação, mas esta probabilidade é bem maior do que não estarmos. Desta maneira, admitindo que estejamos, poderíamos teorizar que a "realidade" seria, sim, dependente da observação. Ou seja, se observarmos algo ela existirá, caso contrário, ela seria apenas uma possibilidade em potencial. Neste universo simulado, o elétron realmente é uma partícula e se comportará sempre como tal. Entretanto, se não o observarmos, não teria porquê esta informação se concretizar em "realidade", de maneira que ela permaneceria como um tipo de onda.
Talvez, simular objetos tão pequenos e numerosos em um mundo virtual não seja uma boa estratégia para o processamento de dados (do nosso hipervideogame), de forma que somente o mínimo necessário seria "concretizado" em realidade, economizando capacidade de processamento deste suposto hipervideogame.
No fim, se estivermos em uma matrix de fato, devemos investigar logo este bug quântico antes que seja criado um upgrade desta matrix - em que supostamente estamos mergulhados - que elimine estas inconsistências, sumindo com as nossas últimas e talvez únicas provas de que estamos em uma simulação, tornando impossível que tomemos uma pílula vermelha e acordemos dessa mentira que seria nossa realidade.

Não entendeu muita coisa, bom tente isso
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