Somos livros velhos
Um amigo meu, um dia desses, me mandou um e-mail (até isso está ficando ultrapassado) com um texto muito interessante. Era um texto atribuído a um tal de Vasques e dizia o seguinte: O homem pode ser lido. A vida é análoga a um texto. A hermenêutica contemporânea estende esta noção para todos os campos da existência humana. Assim como um texto a vida expressa sentimentos construídos através da leitura, da interpretação e da compreensão. Dessa maneira leitura torna-se uma metáfora para problematizar a pluralidade das formas de ser e estar, incluindo fenômenos sociais, culturais, educacionais, subjetivos. Somos todos livros/textos inacabados a espera de leitores generosos. Gostei muito da analogia, mas o engraçado é que me senti velho com o texto. Eu me senti um autêntico livro de prateleira, velho e cheio de poeira. E, dentro deste sentimento, acabei respondendo ao meu ilustre amigo Isael as seguintes linhas: Sim, acompanhando a analogia, as nossas crianças são livros di