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Mostrando postagens de junho, 2015

Interpretendo os livros sagrados - Trocando o certo pelo incerto

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Independente de sua fé e de sua religiosidade, a lógica humana sempre terá papel em sua vida. Basta dizer que você é humano, se não 24 horas, ao menos a maior parte de seu dia. Isso posto, me parece muito  estranho que muitos líderes religiosos interpretem de forma direcionada e ilógica seus livros sagrados. Explico: não raro afirmações contundentes e certas destes livros são trocadas,deliberadamente, por interpretações escabrosas, cheias de manobras e com hermenêutica questionável. Por exemplo, se um determinado livro sagrado prega o amor ao próximo como lei e dogma eu não poderia inferir que uma condição, como seus hábitos alimentares ou sexuais me livrassem do dogma. Veja bem, se a entidade sagrada, seja ela qual for, se importasse mesmo com estes desvios, certamente teria colocado estas ressalvas nos seus ensinamentos. Algo mais ou menos assim: "Amar ao próximo como a ti mesmo, principalmente se vós sois suicida". Ou "Não levantará falso testemunho, salvo se fo

Discussão entre um anjo e um demônio

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O demônio calmo e quase resignado suspira, cansado e muito farto daquele papo todo. Afinal, porque tinha ele que dar conforto, sendo ele próprio um agente do mal? Para às favas com tudo, afinal ele tinha mais o que fazer, aliás, queria curtir não fazer o que precisava fazer. O anjo, por sua vez, estava irritadíssimo e seu semblante não condizia mais com a imagem que se espera de um ser celestial. Na verdade, aquele anjo fugia de qualquer estereótipo humano, mais verdade ainda, cabe dizer,   é que nenhum anjo correspondia a qualquer descrição humana. Nenhum desenhista, escritor, escultor, clérico ou herege jamais imaginou uma imagem próxima da realidade. O fenômeno se repetia, como o esperado, com a figura do diabo... Na verdade, tais entidades não possuíam matéria ou mesmo forma. Não se comunicavam como nós ou sequer utilizavam qualquer forma linear de comunicação ou raciocínio. Não sentiam o tempo como sentimos. Não possuíam nossos valores. Não tinham nossos sentimentos. Nã

Qual seu nível de paranóia?

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Sem querer fazer um tratado sobre psicologia vou me permitir viajar em uma das nuances da variabilidade da pessoa humana, mesmo porque estou longe de ser capaz de analisar os limites entre o TOC, Transtorno Obsessivo- Compulsivo, e a “normalidade”. Pelo pouco que sei o TOC seria uma doença que afetaria sobremaneira a vida do doente resumindo seu comportamento ao capricho das “manias”. Assim popularmente chamadas as irresistíveis compulsões de, por exemplo, lavar as mãos até quase que arrancar a pele, verificar se as portas da casa estão trancadas inúmeras vezes em uma noite ou, como bem retratado no filme com o magistral Jackie Nicholson, “Melhor Impossível”, não pisar em linhas ou riscas do chão. A série “Monk” também aborda o tema mostrando um detetive tão genial que, creio eu, não poderia se tornar uma série de TV de tanto sucesso não fossem as hilárias confusões que o TOC lhe proporciova. Comédias à parte, o caso é sério. Enfim, não sendo da área da psicologia, mas apenas um c

O que veio primeiro o aborto ou o óvulo?

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Quem já não ouviu a célebre pergunta: O que veio primeiro a galinha ou o ovo? Geralmente utilizada como pergunta retórica, simplesmente para retratar ou ilustrar situações insondáveis, a questão, na verdade, é cheia de ciência. A controvérsia, aparentemente sem solução, abriga um peso teórico que abarca de Darwin a questões de direito. Sim, questões de direito. Tentarei explicar a seguir sucintamente. Ao assistir uma sisuda aula de direito, brilhantemente ministrada por um renomado professor de direito civil, o clima de seriedade foi quebrado quando este conseguiu introduzir a questão galinácea na matéria. Afirmou o mestre que a pergunta tinha, sim, uma resposta. Saiu-se com essa, como que se naquele momento retirara a Excalibur da pedra:   - Na verdade, o que surgiu primeiro foi a galinha, pois, o ovo já existia, vejam que os dinossauros já nasciam de ovos há tempos antes do projeto da galinha. Boa resposta, pensei, e ainda que não tenha concordado plenamente preferi não me m

Vitamina D, protetor solar e outras mazelas

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Tentarei resumir o pouco que aprendi nas minhas pesquisas sobre vitamina D, como não sou médico, bioquímico e muito menos nutrólogo (ainda não pelo menos) pode e deve haver um monte de impropérios e erros técnicos, mas nada que possa reverter a noção geral do que é passada, essa sim, o mais importante. Fato: Vitamina D também conhecida como calciferol, na verdade, não é propriamente uma vitamina, mas um produto denominado de pré-hormônio, visto seu papel essencial para a formação do hormônio esteroide humando calcitriol, fundamental para pelo menos 200 funções genéticas ligadas direta e indiretamente com nosso sistema imunológico. Sua importância é tamanha que a “natureza” nos garantiu a sua produção por meio da pele  (semelhante à fotossíntese das plantas pelas folhas)  e não por via oral, visto que poucos alimentos nos fornecem a vitamina em doses consideráveis ou suficientes (óleo de fígado de bacalhau é uma rara exceção). Se tivéssemos que adquirir a vitamina D pelos alimen